sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

GRUPO DE PERSEVERANÇA

De acordo com o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE EVANGELIZAÇÃO DA RCC-BRASIL para os anos 2010 - 2017 no seu item 5- Objetivos subitem b.5) nos diz: CRIAÇÃO DE GRUPOS DE PARTILHA E PERSEVERANÇA A PARTIR DOS GRUPOS DE ORAÇÃO.(grifo meu).
Irei fazer alguns coméntários sobre o que é e como fazer um grupo de perseverança (citado como GR), para quem quiser aprofundar o assunto recomendo a leitura do livreto de número 5 (cinco) da coleção RCC RESPONDE.

O QUE É UM GRUPO DE PERSEVERANÇA?
É um grupo fechado, onde se runem pessoas que já tiveram uma experiência do Amor de Deus, da Salvação de Jesus e do derramamento do Espírito Santo.
Essas pessoas sentem necessidade de algo mais em suas vidas, além dessa experiência inicial de Deus. Buscam aprofundar a sua fé e crescer no conhecimento de Deus. É um dos momentos do Grupo de Oração.
O Grupo de oração é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica e caracteriza-se por três momentos distintos:núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança.

COMO SÃO OS TRÊS MOMENTOS DISTINTOS DO GRUPO DE ORAÇÃO?

 Primeiro momento Atos 2,1-4
IGREJA PRIMITIVA: Os apóstolos e discipulos, reunidos com Maria, a Mãe de Jesus, experimentam o derramamento do Espírito Santo e são transformados por Ele. Esta comunidade apostólica sai do cenáculo para realizar a missão e formar a Igreja com a multidão.

GRUPO DE ORAÇÃO: Núcleo de Serviço ou Grupo de Intercessão; os servos que lideram o grupo devem experimentar e testemunhar o batismo no Espírito Santo. Eles são responsáveis pelo Grupo de Oração como um todo. Daí a necessidade da formação dos diversos serviços: acolhimento, pregação, pastoreio, cura, intercessão, aconselhamento, formação, música, ação social, juventude ,casais, etc.

Segundo momento Atos 2,5-41
IGREJA PRIMITIVA: A multidão se ajunta na porta do cenáculo, vê a transformação dos apostólos, tem seus corações compungidos, deseja e é  batizada.

GRUPO DE ORAÇÃO:  Reunião de Oração ou Grupo de Oração; momento em que a multidão é evangelizada, experimenta a ação de Deus, testemunha os carismas e tem seu coração tocado. O centro deste momento é o louvor e a pregação com poder.

Terceiro momento 2,42-47
IGREJA PRIMITIVA: A igreja Primitiva persevera:
1- Na doutrina dos Apóstolos
2- Na comunhão fraterna
3- Na fração do pão
4- Nas orações.
Forma-se, assim, a comunidade cristã, onde não havia necessitados.

GRUPO DE ORAÇÃO: Grupo de Perseverança; os que foram evangelizados devem ser conduzidos aos GR para crescerem na doutrina, na fraternidade, na participação da Eucaristia e na vida de oração. O inicio da caminhada pode ser feiro através de um Seminário de Vida no Espírito. Este grupo é celeiro de onde sairão aqueles que serão formados para assumirem como servos do Grupo de Oração.

HÁ NECESSIDADE DOS GRUPOS DE PERSEVERANÇA?

Sim, porque não basta despertar a fé e promover a experiência de Pentecostes. O fiel deve ser conduzido ao crescimento e à formação. A evangelização querigmática deve levar à evangelização catequética.
O objetivo final de toda evangelização é a formação da comunidade cristã e ela só é formada com a perseverança daqueles que foram evangelizados. Muitas vezes, os Grupos de Oração são lugares por onde as pessoas passam, chegam, ficam algum tempo e depois saem porque não encontram um alimento adequado à sua espiritualidade.
Existem dois riscos: o primeiro é formar Grupos de Oração que atendam à necessidade de aprofundamento e catequese e não acolhem aqueles que precisam de uma experiência inicial; o segundo, é formar grupos atendam à necessidade de uma experiência de conversão e não criam mecanismos para aprofundar a fé. Daí a necessidade de momentos distintos para o mesmo Grupo de Oração: querigma e catequese. Dois momentos que se complementam e acontecem em tempos distintos. O grupo de perseverança é, portanto, o terceiro momento do Grupo de Oração.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE QUERIGMA E CATEQUESE?
Observe o quadro abaixo:


                       QUERIGMA                                                              CATEQUESE
Etimologia Palavra grega:
Proclamar, gritar
Palavra grega:
Guardar, reter.
Objetivo Nascer de novo.
Ter vida.
Crescer em Cristo.
Ter vida em abundância.
Conteúdo Jesus: Filho de Deus, Senhor, Morto, Salvador
Ressuscitado, Glorificado,
Messias.
Cristo através da Doutrina da Fé, Moral,
Dogma, Bíblia, etc.
Método Proclama-se Jesus como a Boa
Nova. Dirige-se, principalmente, à
vontade.
- Testemunho pessoal
Ensina-se ordenada e
progressivamente.
Dirige-se, principalmente, ao
entendimento.
- Fé da Igreja toda.
Agente Evangelizador - Testemunha
cheia do Espírito Santo
Catequista - mestre cheio do Espírito Santo.
Metas Encontro pessoal com Jesus, pela
fé e pela conversão, proclamação
de Jesus como Salvador e Senhor
- Encontro com o Corpo de Cristo:
A comunidade Santidade do povo
de Deus.
Resposta Resposta pessoal: - Meu Salvador. - Meu Senhor.
- Meu Messias.
Resposta comunitária:
- Nosso Salvador.
- Nosso Senhor.
- Nosso Messias e Mestre.
Tempo Hoje. A partir de Hoje.


O QUE É PARTICIPAR DE UM GRUPO DE PERSEVERANÇA?
Participar de um grupo de perseverança é, antes de tudo, um convite a começar um caminho. De um modo geral, podemos dizer que uma pessoa que inicia o caminho num grupo de perseverança possui:
  • Uma experiência pessoal do amor de Deus e do Batismo no Espírito Santo;
  • Uma atitude de procura, manifestada no desejo de dar um sentido à sua vida;
  • Um desejo de dinamizar a fé pessoal através de uma relação mais constante e itensa com Deus;
  • Um desejo de transformar o contexto em que vive;
  • Uma necessidade de viver com os outros, de se relacionar na amizade e de crescer no serviço.
Essas motivações aparecem mais claramente ou não, de acordo com as situações e circunstâncias m que as pessoas vivem. Refletem também o proceso de evangelização de cada uma.

COMO ORGANIZAR UM GRUPO DE PERSEVERANÇA?
Após ter participado do PROCESSO DE INICIAÇÃO DA RCC(estarei fazendo uma postagem sobre esse assunto tão importante para toda RCC),as pessoas devem ser convidadas a participarem de grupos menores, entre 20 e 30 participantes constantes, semanalmente, com local, dia e hora definidos, onde serão formadas.
Essas pessoas devem ter alguma afinidade entre si, e querer aprofundar as suas vidas.
Depois de atingido o número de pessoas acima citado, não devem entrar mais pessoas.  entrada de novos sempre desestabiliza um pouco a dinâmica do grupo de perseverança. A conquista da confiança e o crescimento na coragem de partilhar é um processo, é uma caminhada, e depende de tempo e do conhecimento das pessoas.
 Deverá ser feita uma reunião inicial para se explicar o que compreende um grupo de perseverança e qual a sua função.
ESTES GRUPOS DEVEM SER ACOMPANHADOS POR SERVOS PREPARADOS PARA ESTE SERVIÇO.

COMO DEVEM SER OS SERVOS INDICADOS PARA COORDENAR/PASTOREAR E CONDUZIR O GRUPO DE PERSEVERANÇA?

No exercicio desse ministério, os servos devem contar com o apoio da coordenação do Grupo de Oração, com quem tem comunicação frequente. Esta deve estar a par de todo desenrolar da cada encontro.
  • Ser pessoa de vida de oração bem ordenada: orante;
  • Ter visão clara do que é o grupo de perseverança;
  • Ter carisma de pastoreio.
Além disso, os servos devem ser instruidos sobre:
  • Como conduzir oração;
  • Como ordenar uma partilha, para não deixar que pessoas dominem, nem que alguém fique demasiadamente calado;
  • Como levar o grupinho a descobrir ou renovar a ação do Espírito Santo nas suas vidas;
  • O pastoreio dos participantes do grupinho;
  • A necessidade de observar as pessoas que têm condição de se tornarem futuros servos.
O QUE MAIS COMPETE A ESTES SERVOS?
Os servos do grupo de perseverança devem ter anotados todos os dados essenciais de cada participante: nome, endereço, telefone, estado civil, profissão, local de trabalho, data de nascimento entre outros. Além disso,devem registrar bem a frequencia de cada pessoa, para melhor acompanha-las.
  • Receber cada pessoa de modo acolhedor; Estimular os participantes do grupo à frequencia, a vivência dos temas abordados, a oração pessoal e comunitária e o compromisso com a comunidade da qual participa;
  • levar as pessoas a perceberem a vida de relacionamento com Deus na comunidade com os irmãos, no poder do Espírito santo;
  • Reconhecer todas as contribuições. Nunca recusar uma resposta ou humilhar alguém por estar errado;
  • Incentivar o membro novato ou tímido fazendo perguntas simples e diretas. Dar incentivo especial a essas pessoas. Dar oportunidade a todos. Algumas pessoas adoram falar, outras são reticentes, com elas ter paciência e autoridade;
  • Receber bem as pausas e os silêncios. Muitas vezes, períodos de profunda participação seguem-se a minutos de silêncio e quietude;
  • Concentrar-se no crescimento e na ação espiritual;
  • Ser flexivél. Embora seguir o plano original e manter-se dentro do horário seja importante, não deixe o aspecto exterior prejudicar o movimento do Espírito Santo;
  • Aprender a ouvir. Ouvir é um dos maiores serviços que podemos prestar às pessoas. É precisso saber ouvir, olhando diretamente para a pessoa. Não devemos desviar o olhar;
  • Saber esperar a resposta. Esperar demonstra o interesse e preocupações reais. Deve-se dar tempo para a pessoa pensar;
  • Orientar os momentos de oração, explicar as atividades, apresentar os palestristas e fazer ligação entre os temas e as dinâmicas.
COMO DEVE SER A POSTURA DENTRO DO GRUPO DE PERSEVERANÇA?
  • Ser honestos nas partilhas;
  • Dar atenção a quem está partilhando;
  • Pedir desculpas quando necessário;
  • Agradecer quando o outro tem a coragem de partilhar;
  • Ser movido pelo amor quando partilhar;
  • Rezar quando partilhar ou quando estiver escutando alguém;
  • A postura acolhedora é fundamental para o bom andamento e espontaniedade de todos;
  • Não escandalizar-se com o outro, o chamado de Deus é o de aceitar e acolher o diferente;
  • Ainda que seja algo muito diferente, que não se está acostumado a ver ou ouvir, é necessário manter a tranquilidade e acolher o outro;
  • A demonstração de empatia é fundamental.
ALGUMAS DICAS PARA UMA BOA PARTILHA
  • Estar disponivel e presente de coração e de mente aos que partilham;
  • Escutar atentamente o que o outro  quer dizer;
  • Não tentar adivinhar os pensamentos do outro;
  • Oferecer sugestões e não receitas para o outro cumprir;
  • Manter-se tranquilo, sem pressa frente à partilha do outro;
  • Procurar não julgar as intenções e motivos de quem partilha;
  • Ser sincero e verdadeiro, sem máscaras.
O GRUPO DE PERSEVERANÇA ESTÁ LIGADO AO NÚCLEO DE SERVIÇO DO GRUPO DE ORAÇÃO?
O grupo de perseverança sempre deve estaligado ao núcleo. Sem esta ligação ele não tem razão de
ex
istir, pois o grupo de perseverança faz parte do Grupo de Oração e precisa ter uma representatividade
no núcleo.
Essa representatividade é necessária, para que o núcleo tenha noção de: como estão caminhando  os que estão fazendo parte dos grupos de perseverança. De como está o crescimento dos servos. Algum dos servos está se abrindo para algum ministério? Quais carismas estão florescendo no meio deles? Quem está passando necessidade? Quem pode
ajudar
? E as famílias, como estão? E as vocações?
O núcleo de serviço, em comunhão com os servos pastores dos grupos de perseverança, deve fazer um
planejamento prog
ressivo e sistemático dos ensinos a serem ministrados neles e discernirem, se for o caso, que tipo de estudo bíblico pessoal será aplicado para os membros.
Os grupos de perseverança são espaços próprios para a colheita de novos líderes ou servos para as diversas tarefas e ministérios da RCC. Neles, as pessoas recebem os primeiros traços da formação para o engajamento no trabalho de evangelização e o serviço da Igreja na RCC.

 QUE TIPO DE ENSINO, ESTUDO, CATEQUESE DEVE HAVER NO GRUPO DE PERSEVERANÇA?
O grupo de perseverança tem a missão de formar "discípulos" de Jesus, e nisto deve consistir o conteúdo e método do Ensino ou Catequese. A Catequese deve ser planejada e sistemática. A exemplo do ensinamento dos apóstolos que orientavam a vida dos discípulos a partir da prática dos mandamentos de Jesus, eles, os apóstolos, praticavam e testemunhavam. Assim também deve ser o ensinamento feito nos grupos de perseverança, o coordenador deve ter essa mesma postura.
"O ensinamento implica, por outro lado, o alimento doutrinal da Palavra revelada, em especial da Palavra por excelência: Jesus Cristo". Esse ensinamento é entendido, acima de tudo, como educação para o estilo de vida. e não tanto como um conjunto teórico de
doutrina
.
Esse ensinamento, especialmente a doutrina sobre Jesus e tudo o que nos propões a Igreja, depositária e intérprete da Revelação, é algo muito bom e necessário. Mas não é um fim em si. "Subordina-se a outra realidade superior, que é o 'discipulado', conforme era entendido no Novo Testamento, isto é, o seguimento de Jesus, não como os alunos de uma escola".

       QUANTO TEMPO DURA, QUAL O NÚMERO DE PARTICIPANTES E QUAL A FREQUÊNCIA DO GRUPO DE PERSEVERANÇA?
Geralmente o grupo de perseverança tem a duração de uma hora e meia, e acontece semanalmente em dia, horário e local fixos. É claro que pode mudar, a partir da realidade da paróquia/comunidade e do discernimento do núcleo.
Quanto ao número de participantes, não podemos restringir, mas devemos orientar que é um grupo voltado para a catequese e partilha, para que isso aconteça o número de pessoas não deve ser muito grande. Cabe aos participantes do mesmo saber a hora de limitar a entrada de novos participantes.
 QUAIS OS TRAÇOS QUE CARACTERIZAM NOVOS SERVOS EM POTENCIAL NOS GRUPOS DE PERSEVERANÇA?
Os grupos de perseverança devem fazer emergir pessoas que possam assumir lideranças; por isso é importante observar alguns sinais para reconhecer líderes em potencial. Estas características devem ser trabalhadas e lapidadas.
As características que seguem são as mais freqüentes naqueles que mais tarde, e com formação apropriada, poderão desempenhar funções e serviços de liderança:

·         Curioso: está sempre partindo para âmbitos novos, investigando novos caminhos, sem se contentar com o óbvio e o tradicional.
·         Mediador: ajuda a trazer harmonia entre os membros, em especial os que estão discordando; procura encontrar soluções mediadoras, aceitáveis por todos.
·         Sintetizador: é capaz de juntar os pedaços; reúne as partes diferentes da solução ou do plano e as sintetiza.
·         Prático: sempre pronto para pôr em prática à proposta dada e aceita comunitariamente; versado em organizações; procura estar sempre em atividade, sendo fiel ao pouco que lhe for confiado.
·         Proponente: ideias e propõe ações; mantém as coisas em andamento.
Essas características não devem ser procuradas de maneira absoluta. Muitas vezes, pessoas que não atendem a um ou outro requisito destes, pode ter perspectiva de se tornar um líder, desde que receba formação adequada e que ame sinceramente a Deus e aos irmãos. Mas é fundamental que seja identificada nas pessoas o carisma para esse tipo de serviço.

   QUAL A FUNDAMENTAÇÃO BIBLICA DOS GRUPOS DE PERSEVERANÇA?
"Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações" (Atos 2, 42)

Os grupos de perseverança são fundamentados em quatro princípios:
a)   Doutrina dos Apóstolos
b)   Comunhão fraterna
c)    Fração do Pão
d)   Oração
a) Doutrina dos Apóstolos
O ensinamento dos apóstolos consistia, antes de tudo, nos gestos, palavras e ações de Jesus Cristo. Os servos precisam desenvolver nos grupos de perseverança um relacionamento conforme o que Jesus ensinou: viver, orar e trabalhar juntos, e tudo dentro do amor que se recebe de Deus, por seu Espírito, para dá- lo aos irmãos.
Nos grupos de perseverança da atualidade não se trata de copiar tudo o que se fazia antes, mas sim de ter a mesma atitude, a mesma disposição interior e o mesmo espírito que movia as comunidades primitivas. Na realidade, trata-se de um alinhamento ao espírito das comunidades primitivas, nas quais o Senhor ressuscitado vivia, estava presente, era o centro da comunidade sempre movida pelo Espírito Santo.
A doutrina dos apóstolos é a doutrina da Igreja. Portanto os grupos de perseverança devem ser instruídos nos ensinos da Igreja, principalmente os contidos no Catecismo da Igreja Católica. Devem existir momentos de catequese, onde a doutrina é exposta e os participantes são instruídos, a modelo do que ocorria nas comunidades primitivas. Este ensino deve ser programado de tal forma que a doutrina seja ministrada de maneira contínua, progressiva e seqüencial, não aleatoriamente. Existe a necessidade de preparar catequistas e mestres capacitados e competentes para este serviço.
b) Comunhão fraterna
Podemos traduzir a expressão "comunhão fraterna" por fraternidade. Os participantes dos grupos de perseverança têm a oportunidade de se conhecerem melhor e, desta maneira, exercerem a caridade e a solidariedade uns com os outros.
A meta é atingir o que se dizia dos cristãos: "entre eles não havia necessitados" (At. 4, 34a). O der de cada grupo de perseverança deve promover ações que facilitem o relacionamento e o conhecimento dos seus participantes. A partilha é fundamental para estreitar os laços na comunidade. O tempo é algo muito precioso, que os
par
ticipantes precisam saber partilhar. É muito difícil amar sem conhecer. É necessário compartilhar da vida do outro para que cresça a responsabilidade e o amor por ele:
"Avaliando' nossas atitudes, nossos comportamentos diante das pessoas, diante daqueles que nos solicitam daqueles que querem conversar conosco, daqueles que nos param quando estamos com pressa, atarefados, ou cheios de problemas; avaliando nossas reações diante destas situações, poderemos sentir como estamos vivendo em comunhão, verdadeiramente. Comunhão envolve perder, digo, ganhar tempo com o meu irmão, eu ganho, ele ganha. Partilho das minhas riquezas e misérias. A partilha sempre enriquece quando é vivida no amor"."
c) Fração do Pão
A participação na Santa Eucaristia desencadeia uma espiritualidade eucastica. A Eucaristia é o centro e o cume da espiritualidade cristã. O grupo de perseverança deve incentivar a vivência da Eucaristia e dos demais sacramentos da Igreja. Nos grupos de perseverança, o pão da Palavra deve ser alimento constante, portanto a "fração do pão", a partilha do pão, se reveste também da partilha da Palavra, sendo incentivada a leitura e a reflexão partilhada das Sagradas Escrituras.
d) Oração
O grupo de perseverança é parte do Grupo de Oração. Portanto, nele a oração deve ser como é na própria RCC, com a manifestação dos carismas efusos. No grupo de perseverança, por ser menor, há possibilidade do exercício dos dons de maneira mais aberta e possível para todos. Além das orações em comum, deve ser incentivada a vida de oração pessoal. Os dirigentes do grupo de perseverança podem acompanhar e verificar a espiritualidade de seus participantes. Na RCC, chama-se de pastoreio este acompanhamento

 COMO LIDAR COM PROBLEMAS NO GRUPO DE PERSEVERANÇA?
Todo grupo de perseverança enfrenta problemas. Sabendo lidar com eles, podem se transformar em oportunidades de crescimento. Segue-se algumas "dicas" para os líderes de grupos de perseverança, quanto aos problemas mais freqüentes.
a) Como retomar ao assunto
Muitas vezes aparecem questões que precisam ser postas à parte para dar continuidade à reunião. Em geral, o reconhecimento da situação ajuda. O líder diria: "Essa questão é interessante, entretanto, saímos de nosso tópico. Talvez possamos discutir mais sobre ela, depois que o grupo terminar de discutir o assunto em pauta". Ou sugere-se que a questão seja adiada até que se complete a idéia que está sendo discutida. Contudo, o líder deve ser sincero e realmente
voltar à questão e abordá-Ia se os membros quiserem. A regra geral é: "Nunca sacrifique o progresso do grupo em favor da curiosidade de uma única pessoa".
b) Como motivar todo o grupo -
O papel do der é o de condutor, não de professor. Por isso, deve estar alerta para não dominar situações nem parecer ser a maior autoridade nas questões que surjam. É bom lembrar- se dos que nada têm contribuído nas discussões e dirigir-Ihes algumas perguntas.
O líder precisa assegurar-se de que as perguntas sejam fáceis, para que os que vão respondê-Ias não fiquem embaraçados. Se necessário, o líder deve chamar os membros do grupo pelo nome para ajudá- los a participar. Deve ser-Ihes concedido tempo suficiente para responderem.
c) Como controlar os que falam muito
É tarefa difícil. O líder pode pedir a contribuição dos outros, perguntando: "Que acham os outros?", ou dirigir as perguntas a outras pessoas de maneira específica. Se isso não der certo, talvez tenha de conversar em particular com o "tagarela", explicando a necessidade de participação do grupo, conseguindo com que o falador ajude a "puxar pela língua" de todos.
Um bom método é esperar que a pessoa pare para respirar e fazer uma pergunta ou um comentário rápido que movimente a discussão.
d) Como lidar com o silêncio
O líder não deve temer as pausas. As pessoas precisam de tempo para pensar. Talvez o silêncio faça mais bem do que a discussão. Quiçá os momentos de silêncio sejam desconfortáveis, mas não improdutivos.
e) Como responder sem responder
O líder nunca deve ter medo de dizer "não sei". Quando não sabe respostas não deve inventar uma.
Em todo caso
, não deve ter medo de deixar perguntas sem resposta.
f) Como tratar com assuntos controversos
Quando o grupo leva a sério a busca da verdade, há receio de que a amizade e camaradagem possam ser prejudicadas. Sempre existe a tentação de contornar as questões vitais e confiar em respostas superficiais. A melhor maneira de lidar com assuntos controversos que venham à tona é apoiando-os na doutrina da Igreja. Se o dirigente desconhece a posição da Igreja, é bom sugerir adiamento da questão para quando for possível opinar ou responder corretamente.
g) Como tratar um grupo apático
Em geral, o grupo reage conforme a atitude do líder, que deve rezar pedindo entusiasmo. Se quiser que o grupo seja entusiasmado, o líder tem de demonstrá-Io verdadeiramente, não apenas uma exaltação superficial e externa.
   O GRUPO DE PERSEVERANÇA É UM GRUPO DE ORAÇÃO MAIS FORTE?
Não.
Um Grupo de Oração forte é aquele grupo em que se exercita freqüentemente os caris mas e que os testemunhos acontecem como conseqüência. As mudaas de vida são visíveis e o louvor flui com grande facilidade. A fraternidade é concreta e as pessoas crescem na graça e no conhecimento de Deus. Ele é aberto e sua característica básica é o querigma.
O grupo de perseverança é fechado e tem características diferentes da reunião de oração (grupo aberto). Ele é uma das partes do Grupo de Oração.
As características básicas dos grupos de perseverança são: a catequese, a partilha, a oração e a fraternídade.
 COMO DEVE SER O USO DOS CARISMAS NO GRUPO DE PERSEVERANÇA?
O grupo de perseverança é um lugar privilegiado para exercitar, e até mesmo, iniciar no uso dos carismas. São poucas pessoas que participam, são conhecidas, entre elas existe uma maior confiança, e existe uma maior possibilidade de partilha, é local oportuno para retirada de dúvidas, para confrontos, e, portanto uma oportunidade de crescimento no
exercício dos carismas.
 POR QUANTO TEMPO DEVE-SE PARTICIPAR DE UM GRUPO DE PERSEVERANÇA?
O grupo de perseverança não tem prazo para acabar. Ele deve existir enquanto as pessoas sentirem necessidade de aprofundarem suas vidas na fé. Enquanto tiverem necessidade de partilharem suas vidas e orarem para que a graça de Deus continue acontecendo.
Com o passar do tempo, algumas pessoas podem sentir o chamado de formarem outros grupos de perseverança, com participantes novos que o núcleo indicar, e passarem a coordenar estes grupos de perseverança a partir do discernimento do núcleo.

CONCLUSÃO
É importante trabalhar na conscientização dos católicos para trilhar o caminho da busca de formação, entrosamento e perseverança. Engajando-se bem nos trabalhos da RCC, que é um movimento eclesial, a pessoa estará engajada na Igreja a serviço do Senhor. O trabalho no Grupo de Oração identifica-se com a missão de todo batizado e também é chamado do Senhor.
Henrique.


























Um comentário:

  1. Meu irmão preciso entrar em contato c vc pra fazer uma partilha em relaçãoa grupos de perseverança me deixe sei email ou tel. por favor meu email é sandro_dpaula@hotmail.com

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